sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Berlim

Berlim, 27/10/10, 21 horas
O embarque (sem reserva) funcionou, peguei o trem em Copenhague, passei para um Ferry em algum ponto do trajeto e depois ainda troquei de trem em Hamburgo antes de chegar a Berlim.


A cidade impressiona logo na chegada pelo tamanho da Estação Central, Hauptbahnhof, que em deutsch deve significar "labirinto", com seus 5 andares e inúmeras saídas para metrôs, trens urbanos, ônibus, estacionamentos, pedestres, etc.

Cheguei um pouco atrasado para a agenda de shows, pelos cartazes que ainda estão colados pela cidade nos últimos dias estiveram por aqui Kings of Leon, Sistem of a Down, Shakira e Ting Tings.

Berlim também concentra boa parte das atrações históricas em áreas relativamente próximas (ou eu já estou me acostumando a caminhar quilômetros sem perceber). No primeiro dia (terça-feira) fez bastante sol, trilhei do Hostel (ao lado da Hauptbahnhof) até a East Side Gallery (ruína mais famosa do Muro de Berlim) passando pelo Portal de Brandemburgo e Alexandreplatz. Devo ter caminhado umas 7 horas, quase sem parar. A East Side Gallery - uma faixa de mais de 1 km de extensão do muro pintada por diversos artistas após a queda - é impressionante, uma verdadeira galeria de arte moderna a céu aberto. Tirei umas 20 fotos, cada pintura é mais legal que a outra.

No dia seguinte fui a dois museus interessantes (e gratuitos) o "Tophographie des Terrors" que conta a estória da ascenção e queda do Nazismo na Alemanha, da chegada de Hitler ao poder em 1933 ao bombardeio de Berlim em 1945, e o "Documentationszentrum Berliner Mauer", que faz parte da "Berlin Wall Association" e apresenta bastante material sobre o período em que o Muro esteve de pé (13-8-61 a 9-11-89) e o impacto desta inacreditável barreira de concreto no dia-a-dia dos berlinenses.

Caminhando pelas ruas, visitando os museus e os cemitérios, observando a cidade, o sentimentimento é de que "o nazismo ainda vive e o muro ainda está de pé" na memória e na vida de muitos alemães. Por mais que se tente e se queira, não serão algumas décadas de história que irão apagar as marcas tão profundas deixadas por este movimento fascista que causou a morte de aproximadamente 25 milhões de pessoas e mudou violentamente os rumos da humanidade.

Tenho a impressão de que nestes dias em Berlim passou aquela fase do deslumbramento do "oh estou viajando sozinho pela Europa!" e caiu a ficha que "oh estou viajando sozinho pela Europa!" e ainda tenho mais 50 dias pela frente, sem meu gato, meus amigos, minha família, minha casa, sem nem mesmo alguém conhecido ou que fale minha língua para conversar. Nenhuma referência conhecida. Como estou ficando poucos dias em cada lugar, nem sequer algum tipo de vínculo eu consigo estabelecer, seja ele qual for: apenas comigo mesmo e com meu caderninho de anotações. Nada disso está fora do previsto e do esperado, foi exatamente o que eu vim buscar aqui, antes e mais do que conhecer a Europa (antes que acabe o mundo em 2012 - sabe lá), esse encontro comigo. Acontece que uma coisa é saber que vai acontecer - a outra é estar acontecendo. Acho que Berlim pode ter sido o ponto de flexão desta viagem.

Amanhã à noite vou para Munique (em um City Night Train, dormindo naqueles beliches) cidade da Oktoberfest - que já acabou -, depois Bruxelas, Bruges e no final de semana que vem reencontro meus amigos de Estocolmo em um "retiro espiritual" em Rotterdam na Holanda.


Hauptbahnhof, a Estação Central, parece mais um shopping center

O Parlamento alemão, onde as decisões são tomadas. Nem sempre foi assim

Duas legendas alemãs: o Portão de Brandemburgo...

... e o Mercedes-Benz

Aqui estudaram Einstein, Marx e os irmãos Grimm

A catedral de Berlim

As marcas vivas da guerra

Alexanderplatz, centro do lado oriental de Berlim

East Side Gallery, declarada patrimônio da humanidade em 1992

 106 pinturas de artistas de todo o mundo celebram a paz e a liberdade

www.eastsidegallery.com

O museu fica na área onde se localizava o centro de operações da Gestapo e da SS
 
Cronologia de como Hitler e seus seguidores puseram em prática suas idéias macabras e insanas


O Memorial ao Muro de Berlim: lembrar para não repetir


Museu de Ciências Naturais de Berlim

Olhem que estava em Berlim!


3 comentários:

  1. eu acho que Schrek e bem bonito éhhhhhh?

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  2. Dá-lhe Cristiano! Show de bola as tuas postagens!

    Seguinte: Essa barba aí tá matadora! Parece um intelectual europeu!

    Vê se conserva ela até a volta, mas cuidado para não te confundirem com um terrorista no avião!!

    Um abraaaaaaaaaaaaaaaaço!

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