segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Paris

Porto Alegre, 21/12/10, terça-feira, 15:00 horas

A chegada em Paris começa pela saída de Londres. O trem saía as 9, como o check-in do Eurostar começa uma hora antes, coloquei o despertador para 6:30, sair 7 e chegar 8 na Estação. Ficamos até tarde conversando na noite anterior - eu, o Egberto e o Ali, nosso amigo do Irã - resultado: acordei 7:45, apavorado, nem notícia de ouvir o despertador tocar. Em 5 minutos estava eu e o Egberto voando pelas ruas de Londres com as mochilas até o metrô. Cheguei 8:30 no check-in (minha mala ainda foi retida para revista!), e entrei no trem exatos dois minutos antes de fecharem as portas. Ainda não foi desta vez.

Meu guia de viagens fala de duas piadas que existem na Europa: uam diz que o problema ds França são os franceses e outra que o problema de Paris são os parisienses. Não posso falar do resto do país, mas do povo da capital tive uma péssima impressão. Todas as estórias a respeito do comportamento típico do franceses para com os “estrangeiros” se confirmaram: arrogância, indiferença, má-vontade, nenhum interesse em se comunicar em outra língua que não a deles. Se tivesse que resumir a atitude dos parisienses em uma palavra seria “ridícula”. Para ajudar, vim de Londres com uma toca de lã que comprei por lá com a bandeira britânica (eterno rival), o que agravou ainda mais meu caso. No metrô, várias vezes senti um “mal-estar” por causa da toca, franceses (e francesas também) me encarando ostensivamente com cara de pouquíssimos amigos. Como era a única que eu tinha, estava frio de gelar a alma e (neve todos os dias) e o mau-humor desse pessoal faz parte mesmo do folclore, resolvi relaxar e curtir essa parte da viagem também.

Por falar em neve, esta deu um show a parte, principalmente nos últimos dois dias, quando a cidade ficou compeltamente branca. Eu que nunca tinha visto, nem na nossa serra, fiquei maravilhado.

Sobre Paris, realmente impressiona pela beleza: os grandes boulevards, o Rio Sena, a Champs Elyssés com o Arco do Triunfo, o Louvre, a Notre Dame, a Torre Eiffel, Moulan Rouge, Quartier Latin... enfim, é uma infinidade de atrações que os 4 dias que passei por lá foram suficientes para conhecer o básico do básico.

No último dia fiz um passeio que realmente ficou bem como “fechamento” da viagem: fui até o Palácio de Versalhes, nos arredores de Paris. Este palácio, que foi morada dos grandes reis franceses (Luis XIV, Luis XV, Luis Felipe, Napoleão), é considerado por muitos não o mais maravilhoso da França, mas de todo o mundo.

A neve. A neve é muito bonita, tirei várias fotos, as crianças se divertem (alguns adultos-crianças também), mas quando os aeroportos fecham sem previsão, todos os voos são cancelados e tu tem 10 euros no bolso, uma mala cheia de roupa suja e uma conexão para o Brasil em um país distante em menos de 24 horas, a neve continua linda, mas perde um pouco da graça. O próximo voo disponível da Easyjet era daqui a 6 dias (me lembrei daquele filme do Tom Hanks, “O Terminal”). Eu tinha duas opções: um trem que saía às 15:50 e chegava em Lisboa às 10:30 do dia seguinte (meu voo era às 11) ou rezar para São Pedro e tentar outros voos mais tarde, por outras companhias, em outros aeroportos (me lembrei de outro filme do Tom Hanks, “À espera de um milagre”). O detalhe era que nada era garantido, nem o assento no trem nem os voos mais tarde. Mas “Milagres Acontecem” não é só o nome de um livro; consegui uma internet emprestada e descobri um avião saindo do outro aeroporto (Orly) pela TAP com conexão na Cidade do Porto e chegada em Lisboa de madrugada. Reservei e me mandei para Orly, decidido a embarcar de qualquer jeito, passar a noite no aeroporto mesmo e no outro dia vir embora. Chegando lá o funcionário da TAP ainda conseguiu me colocar em um outro voo, mais cedo e direto para Lisboa, onde consegui chegar a tempo de dormir no Hostel que passei os primeiros dias da minha viagem pela Europa e pegar o avião no dia seguinte para o Brasil, chegando em casa quase duas da manhã, de onde escrevo este post agora. Milagres acontecem.


Uma legenda da cidade: o Museu do Louvre

A sepultura de Alan Kardec, uma das tantantas "celebridades" do Père Lachaise
Meu último endereço na Europa
A querida viajante Heloísa: "uma grande jornada começa pelo primeiro passo..."
A cidade-luz ainda mais iluminada para o Natal
O gótico da Notre Dame inspirou o filme de Walt Disney
Detalhe do interior da Catedral
Quartier Latin, o bairro onde tomaram corpo os principais movimentos intelectuais
Aqui estão enterrados Voltaire, Russeau e Vitor Hugo, entre outras genialidades
O George Pompidou é mais visitado que a Torre Eiffel
Sena: a beleza de um rio intraduzível em palavras
o Parlamento francês: bem protegido
A vista de baixo da Torre Eiffel
A de cima vou ficar devendo
Já volto, a Nicole Kidman está me chamando...
A entrada principal do Louvre, que é dividido em três pavilhões: prepare-se para caminhar
Centenas se aglomeram: La Gioconda
"She rests at last beneath the starry skies..."
O Palácio de Versailles: sinônimo de nobreza francesa

A sala dos espelhos: fenomenal
Charles de Gaulle abaixo de zero
Caos
Sim, milagres acontecem: embarcando pela TAP para Lisboa


2 comentários:

  1. Alors, je sais dejá que tu arrive três bien chez toi...jejejeje Je t´embrasse tres fort. Merci beacoup pour les voyages avec les photos.
    Bisous
    Traducción: agora sei que ja vc chegou bem a sua casita. Os franceses super, moramos em Paraguay!!!
    Besitos y muito obrigada por os viagems fotograficos com seu blog.
    Su

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  2. Meu amor!

    A tua viagem terminou, mas jamais, estejas certo vais esquecer tudo que nela pensaste, fizeste e quiseste.
    Aqui do nosso Porto, por vezes alegre e em outras tantas, dos casais, abro a porta do meu coração e da minha casa pra te dizer que continuas sendo bem-vindo e que espero uma vez mais, passar o Natal ao teu lado.

    Te amo de forma inefável.

    Angélica, tua dinda-amiga e fã.

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